Crítica: Indomável Sonhadora

E continuando com as críticas dos indicados ao Oscar 2013, agora é a vez de Indomável Sonhadora, indicado a melhor filme, melhor diretor, melhor atriz, e melhor roteiro adaptado.

Hushpuppy (Quvenzhané Wallis) é uma menina de apenas 6 anos de idade que vive em uma comunidade miserável isolada às margens de um rio. Ela está correndo o risco de ficar órfã, pois seu pai (Dwight Henry) está muito doente. Ele, por sua vez, se recusa a procurar ajuda médica. Um dia, pai e filha precisam lidar com as consequências trazidas por uma forte tempestade, que inunda toda a comunidade. Vivendo em um barco, eles encontram alguns amigos que os ajudam. Entretanto, o pai vê como única saída explodir a barragem de uma represa próxima, o que faria com que a água baixasse rapidamente e a situação voltasse a ser como era antes.

Uau! como os filmes do Oscar 2013 estão emocionantes e tristes. Em Indomável Sonhadora não tem como não se emocionar com a atuação de personalidade forte e ao mesmo tempo fofa de Quvenzhané Wallis, a mais jovem a ser indicada ao Oscar de melhor atriz, com 9 anos. No longa ela tinha 5 anos, e ainda assim tinha mentido sua idade para entrar no filme (só eram permitidas meninas de 6). Outra super atuação está por conta do pai da menina, que injustamente não foi indicado a nada.

Falando um pouco da história, um ponto que chama muito a atenção é a relação conturbada de pai e filha. É perceptível que os dois se amam e se importam um com o outro no meio de todo aquele caos, mas vivem brigando e se ofendendo. E certas horas bate até uma raiva: que pai dá pinga pra filha se acalmar? Muitas vezes ele a trata como se fosse um menino indo para a guerra. Mas a verdade é que um não consegue viver sem o outro.

No final, te desafio a  não pensar: "se esse porcão comer essa menina eu dou uma tijolada na tela" (spoiler, sorry kk), ou a não chorar todas as vezes que o pai lhe diz "Não chore, não chore!", tentando fortalecer a filha, vou lhe confessar que é impossível. Segue o trailer: